Corre morro a cima e sente como se estivesse presa pela cintura à um elástico, que por sua vez, está preso ao pé do morro.
Corre com toda a força. Cansa, se arrasta, se agarra pra poder chegar ao topo mesmo que machucada. Se esforça, mas quando o morro parece chegar ao fim, ela é arremessada ladeira a baixo, como se estivesse em uma catapulta.
Ela escorrega e leva com ela todas as estacas que havia pregado para lhe ajudar na subida. Ela se vê em carne viva aos pés do morro novamente, mas não se importa. Não consegue se importar.
Então ela levanta e começa a pregar as estacas de novo. A queda foi tão alta que, da onde está, nem pode ver o topo, mas ela recomeça, como já teve que fazer umas três ou quatro vezes.
São as garras invisíveis que a mantém próxima.
São as coisas que ela não pode entender.
Um comentário:
Nossa! Eu fikei toda arrepiada quando li isso!
Muito bom mesmo!!...
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