30.6.09

Sobre a certeza


Se você pensasse um pouco mais, se esperasse um pouco mais, se fizesse tudo com um pouco mais de calma, você conquistaria muito mais, não sofreria um tanto mais, saberia um pouco antes e me pouparia muito mais.

[ levantei e escolhi a estrada dos tijolos amarelos. Aquela que eu já deveria ter tomado tempos antes. ]

[ Acordei tranquila. Certa e completa. ]

25.6.09

e agora?


Agora todo mundo vai achar o cara genial, virar fã número um e colocar "black or white" no toque do celular. Ele não vai mais ser bizarro e dizer em alto e bom som que curte/curtiu Michael Jackson vai ser a coisa mais bonita do mundo.

É o que sempre acontece. É o que sempre vai acontecer. E me irrita.

O rei está morto. Pouco importa agora.


There is a place we'll go
Where there is mostly quiet
Flowers and butterflies
A rainbow lives beside it.

24.6.09

vou te contar

Ontem, em um lapso corajoso, questionei Tom Jobim em uma das músicas mais transparentes que já tinha ouvido:

"Fundamental é mesmo o amor? Ou é possível ser feliz sozinho?"

Nunca tinha "visto" a música por esse ângulo, o "questionador", sempre me entregava a melodia e me perdia em qualquer amor desiludido/platônico que eu já tivesse sentido. Mas ontem, muito p. da vida com algumas coisas que acontecem, questionei, e por alguns instantes realmente me vi com razão.

Por que é tão fundamental se apaixonar e encontrar a tampa da panela? Por que sentir falta das borboletas que de tão furiosas chegam a embrulhar o estômago? Por quê? Por quê? Por quê? Mil perguntas racionais me vieram a cabeça, e quando quase me convenci de que o amor é uma merda, a música chegou na parte em que Tom diz:

"Agora eu já sei da onda que se ergueu no mar e das estrelas que esquecemos de contar. O amor se deixa surpreender enquanto a noite vem nos envolver".

E o amor se fez fundamental pra mim outra vez. Ou melhor, retomei o pensamento de que ele te soma, te apresenta uma nova perspectiva da vida e, por mais que tu te enganes quanto ao "amor da tua vida", depois que passa, tu és uma nova pessoa. Te desmistifica e te surpreendes. É por ele que tu te curas, junta os cacos e, por estar impregnado na alma, te aprontas para outra.

Fundamental é mesmo o amor.

O resto é mar.

21.6.09

é mais ou menos

como um campo imenso coberto de flores. Quando tu encontras um deste, tens apenas o impulso de te jogar em meio as flores e te esquecer. Tu não pensas, só aproveitas o cheiro, as cores, a forma. São alguns minutos de plenitude e paz. Até a hora de partir.

Nesse campo, não cabe a ti cuidar de toda a imensidão florida - até porque cuidar de um vaso já é difícil, imagina de um campo inteiro. É preciso deixar que o tempo se encarregue de regar e cuidar para que toda a beleza continue lá quando voltares.

Só que quando tu voltas, encontras um campo podre, com as flores mortas e jogadas pelo chão. É uma sensação tão estranha pisar dentre aquele que já foi tão florido para ti e hoje é apenas terra morta.

Mas como depois de toda a calmaria sempre vem uma nova tempestade, a chuva cai. Cai e te mostra que as flores mortas servirão de adubo para que novas flores cresçam.

A vida recomeça.

[ Isso tudo foi só para dizer que certas coisas que acontecem e, às vezes nem encontramos explicação, só servirão de adubo para que tu acertes no futuro. As flores mortas te darão mais força para renascer e tentar de novo. E de novo, e de novo, e de novo... ]

[ meu jardim morto vai brotar novamente. ]

[ e as borboletas vão ressurgir. ]

14.6.09

minha calma vem da bahia

[ Hoje eu deixo o "Caê" falar por mim... Cantar por mim... ]



[ Tenho procurado uma música tão mais sincera que essa. ]




[ Amanhã eu escrevo o que eu realmente vim escrever aqui hoje e deixei pra lá. ]

12.6.09

excluir histórico de navegação

é o que se precisa fazer todas as vezes que queremos nos dar mais uma chance.

Seria tão mais fácil se houvesse o caminho "ferramentas - excluir histórico de navegação - excluir arquivos temporários".

Alguns cliques e pronto. Resolvido!


[ o frio chegou com tudo e eu só não congelo porque tenho três cobertores legais. ]
[ estaria mentindo se dissesse que não esperava isso de Porto Alegre. ]

[ e mentiria mais ainda se dissesse que estou gostando. ]

7.6.09

vergonha alheia [2]

Palmas para Macy Gray, que depois de duas hora de atraso, fez o pocket show mais pocket que eu já vi. Uma vergolheira que não acaba nas três músicas, ops, duas, porque uma foi playback, que ela cantou no show de ontem.

Antes de toda a palhaçada começar, nós já comentávamos a fama de doida que ela tem. Ainda arriscamos dizer que Macy é como uma Amy Winehouse "glamour", mas retiro essa frase, até a Amy mucho louca consegue ficar mais de dez
minutos no palco.

Quem saiu de casa ontem com aquele frio para ver o show da "Diva" do r&b, viu toda essa imagem de diva se desmontar. Eu fico pensando o que se p
assa na cabeça de uma mulher dessa. Por que fazer a porcaria do show se é pra fazer uma merda?

O fiasco de ontem foi um falta de respeito com todo mundo que estava ali, pagou o ingresso, lotou a casa, cantou em coro "I Try", que foi a música de número três -a que enc
errou o show- e pode ver a grande Macy Gray muito doida, -isso até não viria ao caso se ela tivesse feito o que tinha que fazer, mesmo porque nós já esperávamos isso- escorada no pedestal, ou nem conseguiria ficar em pé, com um "arranjo" bem do sem vergonha pra música de maior sucesso da carreira. QUE MERDA! - e esse não é o palavrão mais pesado que me veio na cabeça agora, não vou escrevê-los aqui, não por vergonha, até porque nada é tão mais vergonhoso do que essa porcaria de show.

E finalizo lembrando da última vergonha alheia que eu assisti: Macy só não fica na frente do Block Party , porque duas músicas foram ao vivo.

Mas mesmo com toda essa tristeza, alguém me pergunta: "Tá, mas e a voz? Ela canta pelo menos?" Eu te respondo: "Sim, a desgraçada canta!
".

Juro que essa foto eu não zoei no paint!

6.6.09


Ontem eu fui à estreia -agora sem acento, segundo a nova lei ortográfica- do filme "A Mulher Invisível" e voltei superhipermega positivamente surpresa.

O filme é uma comédia onde Pedro -Selton Mello- acha que tem a vida perfeita, com a mulher perfeita, até que toda essa perfeição desmorona. Então, o cara cai em uma baita depressão, não quer fazer mais nada da vida quando, de repente, bate a porta Amanda -Luana Piovanni- a vizinha nova, a mulher ideal para ele. Literalmente.

Depois que Pedro conhece a Amanda, a vida voltar a ter vida e tudo parece um sonho. É exatamente ai que as confusões começam e, claro, não vou contar aqui porque não teria graça nenhuma.

Deixando o enredo de lado, eu tenho que rasgar uma sedinha pro Selton Mello, que eu já gostava muito, mas nesse filme se superou demais. Já a Luana, que eu não gostava, me vez morder a língua com a atuação impecável. Aliás, não só os atores mandaram bem, a trilha é ótima, a arte é ótima, a direção. Não deixa nada a desejar para os filmes americanos.

Por isso, aproveita que hoje tá bem frio, encarar a balada é complicado, e vai para o cinema ver "Mulher Invisível". Eu não tenho dúvidas de que tu vais sair surpreendido com a mega produção nacional. Ahh, e o final é demais!

Eu recomendo mil vezes.



[ recomendei o cinema, mas, como eu já vi o filme, vou encarar o gelo para ir ao show da Macy Gray. Conto se foi tão legal quanto o longa depois. ]

4.6.09

pra quem não pode

Quando as memórias e as fotos não são o suficiente, a saudade aproveita para tomar conta e matar de vez.

Dolorida, persistente. Dá as caras só pra avisar que continua ali, e que não vai embora. Que não vai deixar nada preencher o vazio, só para que ela possa voltar às vezes e me corroer mais um pouquinho. Só mais um pouquinho e, dia mais dia, terá me corroído por inteiro.

Então, depois de tudo, ela irá sumir até que esse coração cansado possa se regenerar.


E começar tudo outra vez.


[ enquanto aqui toca "Halo", que para mim tem um significado tão diferente do real. Tão mais triste. Tão mais... como eu fico nesses dias de saudade. ]

2.6.09

eu prefiro a noite


Tenho escrito muito, mas tantas coisas já não cabem aqui. Caquinhos que cato pelo chão e ainda não tive "tempo" de colar. Deixo-os de lado até que me sobre vontade de fazê-lo.

Nunca tinha sentido a sensação de me espatifar e levar tanto tempo para me refazer. Tanto tempo, tão lento, arrastado e dolorido. Mas nada que uma boa pausa no trabalho, na vida de faz de conta, na pressão, na "auto-cobrança", não resolvam. WELCOME TO THE GOOD LIFE!

Quanta reclamação sem fundamento, Dona Jordana!

Ok, realmente não foi para reclamar que eu dei as caras por aqui, mas sim por causa do meu primeiro dia OFICIAL de férias. Aliás, "tão bem aproveitado".


Quando a gente dá um tempo das obrigações diárias, descobre que tem mais mil obrigações pendentes, e o que seria o primeiro dia ocioso de férias, vira o primeiro dia para resolver pepinos. E também o primeiro dia para me perguntar em que mundo eu vivo.

Acordei já era meio dia, esperei minha irmã voltar do colégio - sabe como é, ninguém melhor do que a irmã caçula para acompanhar nessas sagas "bem sucedidas" - e comecei a organizar mentalmente o que eu tinha que fazer: fechar a bendita conta do banco, falar com o tatuador e ir trocar uma blusa. Tarefas simples.

Cheguei no centro da cidade eram umas 15:30hs e resolvi primeiro ir falar com o tatuador. Na galeria onde fica o studio, eu simplesmente não consegui achar em qual andar ficava o desgraçado do tatuador. Minha irmã, que tinha ido pra ajudar, também não lembrou de perguntar qual era o andar. Ok, missão 1: ABORTADA. Vamos para o próximo level: O banco.


Onde fica o Banrisul? Ahh, esse Banrisul! Caminha pra lá, pra cá. Quando acha... já são 16:15hs. Jordana, o banco fecha às QUATRO! Ok, missão 2: ABORTADA. Next level: a blusa.


O shopping é pra lá, mas espera, tenho que passar no banco pra tirar dinheiro. Uéé! Cadê o meu cartão? C%&#@*&, ficou na outra bolsa. Eu não aguento mais andar, eu nem quero mais trocar blusa, fechar conta, ou desenhar essa maldita tatuagem. Jú, vamos pra casa. Missão 3: ABORTADA.


QUE FRUSTRANTE! Me impressiona o fato de existirem pessoas extremamente desorganizadas e desligadas como eu, que saem de casa para fazer três coisas e voltam sem fazer nenhuma. Aliás, a única coisa que eu fiz no centro foi comer um salgadinho e um nescau quente em um boteco chinês e passear no mercado público para ver o gato persa gordo.


Primeiro dia de férias. Ainda bem que a lasanha de camarão, o vinho e as risadas entre amigos valeram o meu dia.

Bendita noite que me faz esquecer do dia. Em tantas vezes. Tantas vezes tão melhores.



[ O que me alegra é saber que semana que vem eu boto o pé na estrada. Só assim as coisas ficam do jeito que eu gosto.]



[ me excedi no texto. não era pra ser tão longo! Aliás, ando com a terrível mania de começar um texto com uma ideia e terminá-lo com outra. Aliás, como eu ando escrevendo/falando "aliás". ]