24.6.09

vou te contar

Ontem, em um lapso corajoso, questionei Tom Jobim em uma das músicas mais transparentes que já tinha ouvido:

"Fundamental é mesmo o amor? Ou é possível ser feliz sozinho?"

Nunca tinha "visto" a música por esse ângulo, o "questionador", sempre me entregava a melodia e me perdia em qualquer amor desiludido/platônico que eu já tivesse sentido. Mas ontem, muito p. da vida com algumas coisas que acontecem, questionei, e por alguns instantes realmente me vi com razão.

Por que é tão fundamental se apaixonar e encontrar a tampa da panela? Por que sentir falta das borboletas que de tão furiosas chegam a embrulhar o estômago? Por quê? Por quê? Por quê? Mil perguntas racionais me vieram a cabeça, e quando quase me convenci de que o amor é uma merda, a música chegou na parte em que Tom diz:

"Agora eu já sei da onda que se ergueu no mar e das estrelas que esquecemos de contar. O amor se deixa surpreender enquanto a noite vem nos envolver".

E o amor se fez fundamental pra mim outra vez. Ou melhor, retomei o pensamento de que ele te soma, te apresenta uma nova perspectiva da vida e, por mais que tu te enganes quanto ao "amor da tua vida", depois que passa, tu és uma nova pessoa. Te desmistifica e te surpreendes. É por ele que tu te curas, junta os cacos e, por estar impregnado na alma, te aprontas para outra.

Fundamental é mesmo o amor.

O resto é mar.

3 comentários:

tem na tpm disse...

Adorei o texto amiga! O amor é o alimento da alma!!!!!
AMOTE

Isabela Lennon disse...

Gente, quantas vezes sinto isso: primeiro a certeza de que o amor é dispensável, e logo depois a constatação de que sem ele não se segue em frente...


:)

Jamille Secchi e Cadinho Braggio disse...

Fundamental é mesmo o amor! Perfect...

amor é a força que move o mundo...que graça teria viver sem ele?