23.8.09

sobre a vírgula, o falar demais e o ponto final

Nunca fui muito boa com as palavras, frases de efeito e coisas do gênero, só fui aprimorar um pouco mais esse lado na faculdade. Pelo menos algo bom a publicidade e propaganda me trouxe. Acabei desenvolvendo um lado que eu não julgava bom.

Mas mesmo abolindo os erros dessa língua desgraçada que é o português, que agora mudou tudo e resolveu complicar a nossa vida de novo, as vírgulas sempre foram um grande trauma nos meus textos.

A paixão pela "pausa" era tanta que eu colocava a virgula em tudo que escrevia, ou seja, nunca terminava nada por completo. Pois sem o ponto final, deixamos a porta entreaberta, caso algo queira voltar.

E assim como nos textos, trouxe a vírgula pra muita coisa na minha vida, afinal, quem precisa de um ponto, aquele que acaba com todas as possibilidades, que encerra qualquer questão? Eu preciso.

Eu preciso dar final às minhas histórias, vontades, medos. Não dá pra ficar adiando tudo por muito tempo. Não dá pra ser sincero sempre. Nos dias de hoje não se pode ser transparente. NÃO SE PODE.

Acolhi o ponto, nos meus textos pelos menos, e descobri a força que ele tem em cada final de frase. Tirei as vírgulas clichês que remetiam-me à dúvida. Encerrei, conclui, finalizei e ponto.

Falta conseguir fechar portas no quesito vida. Aprender a dizer não e aprender a NÃO DIZER. Eu pago um preço alto por pensar em voz alta.

Eu pago um preço por não pontuar.



19.8.09

pode misturar

Pensamentos aleatórios sobre o prêmio multishow:

- Mallu Magalhães: agora não resta dúvida de que não é timidez, é retardo mental mesmo!

- Pitty: então era por isso (apresentação totalmente desafinada, roupa horrível e afins) que eu não gostava dela. GRAVAR!

- A Fernanda Torres é demais! mesmo meio perdida em algumas horas.

- O lance de misturar, meio estúdio Coca-Cola, funcionou em algumas horas, assustou em outras!

- Marisa Monte: Melhor cantora! (e alguém tinha dúvida disso?)

- a guria do Scracho melhor instrumentista? Ahh, tá! ano que vem quero concorrer. Vou tocar zabumba! (mesmo sem saber como)

- Ivete Sangalo: vergonha alheia!

- prêmio revelação pro Cine! Merecido. (mesmo o vocalista usando calças brancas e outro, acho que é o baixista, se passar nos agradecimentos e ficar no palco "sozinho").

- A Rita Lee é a melhor dos últimos tempos!

- O Jota Quest não levou NADA. Eu adorei!

- Nx Zero melhor CD? ¬¬

- A Fresno ter levado o prêmio de melhor grupo foi a surpresa mais legal de toda a festa.



#éoqueeuacho!

17.8.09

sabe o que me assusta?

Não gostar de praticamente NADA novo.

Aproveitei que cai da cama hoje, e fui escutar o som de uma menina que já tinham me falado há tempos:
Jullie. Alguém já ouviu?

Ela é uma tentativa frustrada de Katy Perry/Lily Allen brasileira. Sério, uma tentativa totalmente mal sucedida. A menina acabou parecendo a Kelly Key da Walt Disney. Aliás, ela já dublou alguns filmes da Disney.

A música de trabalho é "Alice" e o clipe... PQP o clipe!



Ai, eu tento não concordar com a entresafra de artistas legais, mas tô quase, quaaase me rendendo à essa afirmação.

Ai, eu tento ouvir artistas nacionais, eu tento, mas me deparo com coisas desse tipo, e me desanima.


[ juro que no próximo post vou falar de qualquer banda que eu goste. ]

10.8.09

e se esqueço quem eu fui

01:42:31 (****) - e tu, de coração, tá bonito?

01:42:31 Jô - tá batendo! pelo menos isso.

01:46:01 (****) - ahnnnn, que que tá acontecendo?

01:46:50 Jô - não aconteceu nada não. tá tão vazio que chega a ser chato!

01:48:59 (****) - po, jo! que porcaria isso, né?
01:49:04 (****) - tipo, quando o coração tá cheio, a gente quer paz. quando a gente tá em paz, a gente quer encher o coração. SACO!

01:49:53 Jô - é que a gente quer o coração cheio de algo bom e, quando tá vazio, ele pode se encher de saudade. e ai, nem sempre é bom!

01:50:37 (****) - é.

6.8.09

neon music

Eu queria falar sobre essa banda desde quando eu escutei o som pela primeira vez, acho que alguém me mandou o myspace deles pelo fotolog e de cara eu achei genial. Mas o estopim para esse post foi uma matéria que eu li esses dias sobre a nova banda da modinha: a Cine.

Se você nunca ouviu falar dos meninos, vale a pena separar um tempinho pra conhecer. É um som bem pra cima, lembra muito Breathe Carolina, HelloGoodbye e Metro Station. A única coisa que deixa a desejar são as letras extremamente bobas. O que os caras acertaram em melodia, produção e afins, eles cagaram em letra, mas sabe como é, nada pode ser perfeito nessa "crise musical" que alguns acreditam que estamos passando. - Há quem diga que rola uma entresafra na música. Não sei até onde concordo com isso, mas esse ponto é assunto pra outro post. -

Bom, mas o que acabou me chamando mais atenção, até mais do que o som da Cine, foi essa tal
entrevista que li esses dias e fiquei chocada com o vocalista. Que garoto arrogante e sem noção. Enquanto todos os outros se mostraram super simpáticos e tranquilos, esse tal de DH, se achava o casco da tortuguita. Sem brincadeira, alguém precisa salvar esse garoto e avisar que ainda não é hora de sair da casinha e achar que tem o rei na barriga. - se é que existe hora pra isso! -

E como se a arrogância não fosse o ponto mais alto/baixo da situação, o garoto ainda usa calça branca. TEM COISA MAIS BROXANTE QUE CALÇA BRANCA? Essas coisas me assustam.

Mas de qualquer forma, mesmo com a calça branca e o cabelinho de heman do vocalista, vale a pena ouvir o som da Cine. Os garotos foram muito espertos em se moldar para ocupar um lugar no mercado musical brasileiro que estava vazio. Enquanto neguinho lá fora já fazia sucesso com esse estilo eletro/rock há muito tempo, a gente nem sabia o que era um sintetizador e "wooa-wooa-o" nos refrões. Por isso, ponto pra Cine.

Quanto ao vocalista, um dia ele descobre que ser a última bolacha do pacote tem lá suas desvantagens. Quando você fica "cheio", nem chega a comer e ela acaba sobrando.


Fica a dica!



4.8.09

sobre crescer...


e entender o real significado da frase: "nem tudo que se quer é o que se tem". Sobre perceber que o nó no peito e a vontade de chorar, nem sempre são sintomas de um amor mal resolvido.

Sobre ter outras preocupações e responsabilidades que ultrapassam os trabalhos da faculdade e as contas pra pagar. Sobre não ver o tempo passar e se assustar quando, relembrando fatos, perceber que lá se foram dez anos.

Sobre os planos e sonhos futuros, que nem de longe são tão singelos quanto aqueles dos seus oito anos, quando esperava pelo natal para ganhar a super casa da barbie ou o mega drive.

Sobre ser feio parecer fraco. Sobre não poder chorar por qualquer motivo. Sobre não ter mais tardes no parquinho com o escorregador de concreto, que se não escorregasse exatamente pra esquerda, você arranhava a bunda.

Sobre ter vergonha de dizer o que sente e nem ter tempo para avaliar o que realmente sente. Sobre ver o mundo desabar e ser responsabilidade sua segurar tudo.

Sobre aprender a virar um super-herói, daquele que seu filho vai se orgulhar daqui há alguns anos, quando você tiver um filho. Sobre olhar para os seus pais e perceber o quanto não é fácil carregar esse personagem.

Sobre, de repente, tudo se tornar claro, transparente e luminoso. Como um letreiro em neon que te avisa que a hora é agora, as pessoas são essas e não há tempo para lamentações.

Sobre a seta que te indica o caminho certo...


Sobre a decisão de segui-la, ou não.

1.8.09

and the winner is...

Venho por meio desta lhe informar que você é o ganhador!

Você ganhou pela insistência no erro, pela burrice de não enxergar um palmo a frente do nariz e por ser a pessoa mais perturbada a passar por essa estrada. Você ganhou por querer demais, por achar demais e precisar demais.

Você ganhou por não saber perder, por não saber querer e nem sequer ligar. Você ganhou por achar que o mundo gira ao redor do seu umbigo, que a vida é um grande palco e que todos tem que te aplaudir.

Espero que desfrute do seu prêmio: todo o meu desprezo, pena e desapontamento. Ele será entregue em doses para que você possa apreciar ainda mais atentamente.

Logo eu, que joguei todas as fichas. Apostei que ganharia essa. Acreditei na mudança.


Tola de mim, que não enxerguei um palmo a frente do nariz, quis demais, achei demais, precisei demais, não soube perder, não soube querer e nem liguei.

O meu prêmio?

Esse eu terei a longo prazo!


e eu não me importo de esperar.