aquilo que te faz pensar

não te deixa escrever, depois de apagar o texto que começou cinco vezes.


Não é fácil falar sobre o que se quer e onde quer chegar. Por isso, é melhor não falar.



[ Eu não quero ficar parada, mas sei que agora não é hora de caminhar. ]





[ Em contagem regressiva. Minhas férias estão vindo! ]



[ Eu vou por o pé na estrada! ]

entre o que eu sei

Todo mundo precisa encontrar a estrada de tijolos amarelos, mesmo que seja divertido passear na rua dos tijolos alaranjados. Eles são mais simpáticos, divertidos e amigáveis. Os tijolos amarelos são sinceros, rudes e insensíveis.

Por mais que andemos em passos de lesmas, adiando cada vez mais, um dia a bifurcação chega e temos que decidir entre os tijolos amarelos ou alaranjados. Entre ficar ou seguir em frente. Parece uma decisão óbvia, mas não é.

Eu tentei adiar a situação, mas minha hora de escolha chegou. Ao invés de optar por um, resolvi sentar entre os dois caminhos. Preciso levantar e resolver. Até porque passos para trás não estão entre as minhas opções.

Eu vou ter que escolher muito em breve entre ficar ou partir. E por mais que eu saiba o que eu quero, me vejo de mãos atadas, sem saber em qual direção está a escolha certa.


A minha estrada de tijolos amarelos está ali e, por mais que ela me chame, eu não consigo levantar.

Meninas, tirem a bunda de casa e vão para o cinema assistir "He's Just Not That Into You". É um balde de água fria nas nossas emoções bobas.

Para os garotos, eu acredito que não cause tanto impacto, mas pra nós, é um soco no estômago. Daqueles bem dados. Duvido que alguma garota vai sair do cinema sem ter se visto em pelo menos uma daquelas cenas.

É, ele não está tão afim de você. Bola pra frente.

e o jogo segue.

[ vale a pena. vai lá! ]

ele faz tudo errado

Talvez, se você parasse de se perguntar tanto, de querer entender a cabeça estranha dela, tudo fosse mais fácil. Pra você e pra ela.

Talvez, se você parasse de bater nas mesmas teclas e deixasse ela viver sozinha, ela voltaria a sentir a sua falta.

De nada vai adiantar reescrever o dia em que vocês se conheceram, todo mundo já sabe, e talvez esse seja o grande problema.

Por que você não tenta não falar nada dessa vez? Por que não tenta não contar o seu itinerário? Até eu sei por onde você anda.

Por que você não tenta sumir um pouco?

pro bem dela.

[ e pro meu. ]

me quebra, me mata, mas não deixa um só pedaço para contar história.

[eu não quero sentir mais nada!]

[ aquele sorriso me estraga. ]

i want to live

Ela sofre de surtos que acontecem de tempos em tempos. Normalmente quando a razão sai para tomar um ar. Basta trinta segundos fora e lá está ela, sendo quem precisa ser.

Lá, consciência. Estão te chamando lá. Podes ver?

Ela precisa daquele surto.

Vai-te!

Mora aonde os sonhos não se realizam,

onde o dia amanhece mais cedo,

mesmo quando pode dormir até tarde.

Vive aonde a água é mais limpa pra quem vem de fora.

Onde a vista é mais bonita pra quem vem de cima

e depois vai embora.

Das coisas que eu sei

já não tenho tanta certeza. Nem vontade, nem curiosidade, nem paixão, nem nada. As coisas que eu sei não são mais novidade, e o novo é o que me motiva.

Das coisas que eu quero, fiz uma lista. E pra minha surpresa, não é tão longa quanto eu pensei que seria. Tem a medida, o possível "impossível", o imprevisível, o trivial.

Das coisas que eu preciso, separei umas quatro ou cinco. Básicas. Pela primeira vez foquei no necessário. Já que o "extraordinário é demais". - Grande Balú! -

Das coisa que eu quero me livrar, juntei quase tudo: as manias, o mau humor, a ansiedade, as crises de grosseria, a preocupação excessiva, a vontade de abraçar o mundo.

Das coisas que eu preciso entender, preferi apenas não entender. Eu não quero saber como a vida funciona, nem porque não deu certo ou porque deu certo demais. Põe a roda para girar e tudo acontecer.




Eu só quero viver.



Do jeito que sei, posso, bem entendo e quero.





[ Das coisas que tu deixastes, elas rolaram escada a baixo. ]

Crise de identidade, idade, responsabilidade.

Dê o nome que quiser.

[ mas me deixa com a minha. ]

[ principalmente enquanto chove. ]

sobre o que ficou

Se é para agirmos como crianças, ok, vamos lá.



Devolve, o coração é meu. Brinca com ele quem eu quiser. Tchau!







[ e dessa vez eu vou mesmo. ]


[ táxi!! ]

na sexta-feira

13 ela não sai. Não passa por baixo de escadas, foge do gato preto. Acende incenso, compra arruda. Ou tudo que possa afastar o azar que ronda a data.

Queima a luz, a internet cai, acaba o gás, fica sem carro, e é tudo culpa do número, somado ao bendito dia da semana. Fica sem paciência, briga com o cachorro, quebra o copo, e é tudo culpa do um, do três, somado ao dia da semana.

Ele não ligou, ela se irritou, perdeu o livro que estava lendo e quebrou a unha que acabou de fazer. Ficou com vontade de comer pipoca, e não tinha. Comeu chocolate o dia todo e já prepara o texto de "desculpa" para as espinhas que virão. Esqueceu de alugar o dvd e se obrigou a ver o filme da globo.

É tudo culpa da sexta-feira. É tudo culpa do treze que aliou-se à ela.

É tudo culpa dela. Só dela. Quando vai admitir?

eu não quero

esconder o jogo. Nem fugir do jogo.

[ e foi por isso que eu vim aqui. ]

[ bora um carteado? ]

as músicas tristes

eu sempre dispensei, mesmo nos momentos mais depressivos. Tudo bem, vai, tem música triste muito boa e todo mundo tem uma fase: "Ai meu cotovelo", mas existem pessoas que parece que essa fase nunca passa.

Eu penso da seguinte forma: se tu já estais triste, pra que piorar mais a situação? As coisas já não estão bem, então pra que te matar um pouco mais escutando alguém que sofre mais do que tu quando canta?

Não, não. Obrigada. Eu prefiro sentir saudade com músicas alegres, que até podem ter uma letra um pouco triste, mas o embalo é tão bom que tu esquece da "sofreguidão" do cantor.

Por que não ver o fim de alguma coisa pelo lado positivo? Ou pelo menos bem humorado?

Chega de tristeza. Chega de fossa, minha gente. Eu, sinceramente, tenho irritação e pena das pessoas que não sabem se reerguer.



Vamos lá, garoto. Não deu, não deu. Bola pra frente.



[ e a vida segue... ]



[ Let's put a smile on that face. ]

e o palhaço, o que é?

O circo estava armado, com tudo que tinha direito. Inclusive o palhaço. Ele ria, chorava. Falava e falava e falava...


Ela não queria ouvir. Era tudo a mesma coisa, sempre a mesma coisa. Parecia ensaiado, gravado, esquematizado, calculado para impressionar. E impressionava, só que dessa vez, pela falta de criatividade, pelas frases tiradas dos filmes mais bregas. Pelas rosas vermelhas clichês que ele insistia em oferecer, mesmo sabendo o quando ela gostava de tulipas.


Ela não quer as rosas, nem as frases ensaiadas. Ela deixou o circo armado e o palhaço sem graça.



Ela quer as tulipas. O campo todo delas.

vou pra bahia

Vou pra lá com os amigos, e nem vou ver acarajé. Nem baianas, nem pelourinho. Nem nada depois da uma da manhã.

Vou pra Bahia, aqui pertinho, logo ali no centro.

[ Pega a chave do meu carro. Hoje eu volto de bicicleta. ]

[ Enquanto ouço algum remix pra dançar. ]

enjoy the silence

Faz um tempo que eu não escuto música no carro. Desde de que eu tive que ficar uma semana na companhia do "mudo", por livre e espontânea necessidade, me apeguei ao costume.

Volto pra casa com um silêncio que nem o trânsito insuportável consegue quebrar. Encontrei um ótimo jeito de fazer um balanço, ou pra organizar as idéias do meu dia.

[ Recomendo uma semana de silêncio, pelo menos. ]

[ é tanta coisa ao mesmo tempo que a inspiração resolveu tirar uma folga. Ela deve voltar em breve, e eu devo voltar a escrever em breve. Espero! ]

- Meu, hoje é o melhor dia da minha vida!

- Foda-se.

[ a arte de ser estúpido, insensível, estraga prazer e racional quando as pessoas estão felizes. ]

[ me divirto. ]