Existem ruas em que tu sempre acabas voltando. Às vezes, só pra dar aquela passada rápida e ver se tudo anda bem, se as casas continuam iguais. Se o jardim ainda tem flores.
É estranho voltar "para casa" e sentir que alguma coisa mudou. Perceber que nada mais do que era teu restou lá. A fachada não tem a mesma cor, as janelas já não têm mais aqueles filetes de madeira por onde entravam o sol. Dá medo de bater à porta.
Será que ainda mora ali? Preferes voltar com a dúvida a ter a certeza de que, realmente, mais nada do que é teu está lá. Deixas a visita para depois. Voltas outro dia, com certeza. Mas só tu sabes como é ruim ir embora sem saber se aquele mesmo sorriso te receberia outra vez.
30.10.08
27.10.08
Uéé
23.10.08
Pouca Vogal
Agora que a terra é redonda e o centro do universo é outro lugar, é hora de rever os planos. O mundo não é plano. Não pára de girar. Agora que o tempo é relativo, não há tempo perdido, não há tempo a perder.
Num piscar de olhos tudo se transforma. Tá vendo, já passou. Mas ao mesmo tempo fica o sentimento de um mundo sempre igual. Igual ao que já era. De onde menos se espera, dali mesmo é que não vem.
Agora que tudo está exposto, a máscara e o rosto trocam de lugar. Tô fora, se esse é o caminho. Se a vida é um filme, eu não conheço o diretor. Tô fora, sigo o meu caminho, às vezes tô sozinho. Quase sempre tô em paz.
Num piscar de olhos tudo se transforma. Tá vendo, já passou. Mas ao mesmo tempo esse mundo em movimento parece não mudar. Igual ao que já era. De onde menos se espera, dali mesmo é que não vem.
Visão de raio-x, o "x" dessa questão é ver além da máscara. Além do que é sabido. Além do que é sentido. Ver além da máscara.
Quanto mais eu ouço, mais eu percebo que não sei nada. Mais eu percebo como quero saber.
Ainda não entendo como fui descobrir isso tão tarde.
Num piscar de olhos tudo se transforma. Tá vendo, já passou. Mas ao mesmo tempo fica o sentimento de um mundo sempre igual. Igual ao que já era. De onde menos se espera, dali mesmo é que não vem.
Agora que tudo está exposto, a máscara e o rosto trocam de lugar. Tô fora, se esse é o caminho. Se a vida é um filme, eu não conheço o diretor. Tô fora, sigo o meu caminho, às vezes tô sozinho. Quase sempre tô em paz.
Num piscar de olhos tudo se transforma. Tá vendo, já passou. Mas ao mesmo tempo esse mundo em movimento parece não mudar. Igual ao que já era. De onde menos se espera, dali mesmo é que não vem.
Visão de raio-x, o "x" dessa questão é ver além da máscara. Além do que é sabido. Além do que é sentido. Ver além da máscara.
(Pouca Vogal - Além da Máscara)
Quanto mais eu ouço, mais eu percebo que não sei nada. Mais eu percebo como quero saber.
Ainda não entendo como fui descobrir isso tão tarde.
22.10.08
Até mais
Ela disse que precisava ir. Ele não acreditou e saiu. Ela arrumou as malas, dessa vez sem nó no peito. Não deixou nada para trás. Não queria voltar para casa de novo.
Ela trancou a porta e jogou a chave no jardim. Deve ter caído entre aquelas pedras, do lado da caixa de correio. Ela espera que ele procure por lá caso esqueça a dele quando voltar de onde estiver.
Talvez demore algumas semanas até que ele perceba que voz dele já não a fazia sorrir.
Ela tem a rua toda pela frente.
E ele?
Ela trancou a porta e jogou a chave no jardim. Deve ter caído entre aquelas pedras, do lado da caixa de correio. Ela espera que ele procure por lá caso esqueça a dele quando voltar de onde estiver.
Talvez demore algumas semanas até que ele perceba que voz dele já não a fazia sorrir.
Ela tem a rua toda pela frente.
E ele?
21.10.08
Desapegando
Aos poucos vais deixando de lado. Jogas fora as velhas coisas. Os velhos discos. Livros e agendas. As cartas que tu não precisas mais ler. As fotos que não queres mais ver. As roupas que não te agradam. Os sapatos que não cabem mais. Os frascos de perfumes quase vazios.
Tu precisas de espaço nas prateleiras, no armário. Por isso, juntas tudo que não faz mais sentido e jogas fora. Mas e quando tu precisas de espaço na memória? Quando queres novos pensamentos? Como jogar fora as lembranças que insistem em dar voltas? Como tu te livras delas?
Tu precisas de espaço nas prateleiras, no armário. Por isso, juntas tudo que não faz mais sentido e jogas fora. Mas e quando tu precisas de espaço na memória? Quando queres novos pensamentos? Como jogar fora as lembranças que insistem em dar voltas? Como tu te livras delas?
20.10.08
Eu fui
Eu voltei. O sol voltou. O verão também está voltando.
Chega de chuva. A ilha vai virar Atlântis.
Vou contar os dias. Agora faltam oitenta e nove.
Chega de chuva. A ilha vai virar Atlântis.
Vou contar os dias. Agora faltam oitenta e nove.
18.10.08
Eu vou
Eu preciso arrumar minha mala e dormir.
Mas tô com preguiça e sem sono.
Enquanto chove, chove, chove muito lá fora.
Mas tô com preguiça e sem sono.
Enquanto chove, chove, chove muito lá fora.
11.10.08
Seu Mallu Jorge Magalhães
Fim de semana começando com surpresas. Boas. Graças a Deus.
Ontem nos demos ao luxo de não trabalhar no show do Seu Jorge. Falo "nos demos", pois o Marquinhos, produtor do Na Pilha, entrou nessa comigo. Nada de câmera, microfone, perguntas e corre-corre. Foi só cantoria e reencontro de amigos. Como isso é bom.
O som do "Mané Galinha" não é muito a minha praia. Fui na empolgação do momento e me surpreendi. O cara mandou muito bem. Muito bem mesmo.
Além de todas as canções que eu já estava esperando, "Carolina", "Burguesinha", "Mina do Condomínio", "É Isso Aí", rolou até o famoso toca Raul. Ver aquele povo todo em uníssono cantando "Maluco Beleza" foi pra arrepiar. Sem dúvidas o ápice do show.
Ontem nos demos ao luxo de não trabalhar no show do Seu Jorge. Falo "nos demos", pois o Marquinhos, produtor do Na Pilha, entrou nessa comigo. Nada de câmera, microfone, perguntas e corre-corre. Foi só cantoria e reencontro de amigos. Como isso é bom.
O som do "Mané Galinha" não é muito a minha praia. Fui na empolgação do momento e me surpreendi. O cara mandou muito bem. Muito bem mesmo.
Além de todas as canções que eu já estava esperando, "Carolina", "Burguesinha", "Mina do Condomínio", "É Isso Aí", rolou até o famoso toca Raul. Ver aquele povo todo em uníssono cantando "Maluco Beleza" foi pra arrepiar. Sem dúvidas o ápice do show.
Das piores, a melhor. Eu e Marquinhos
Agora a outra surpresa. Coube a mim a missão de entrevistar a senhorita Mallu Magalhães nesta tarde chuvosa de sábado. Fui esperando fazer a entrevista mais monossílaba da minha vida e me surpreendi, mais uma vez.
Chegando no hotel onde a Mallu estava hospedada, encontro a menina no hall e sou recepcionada com um abraço de urso. Daqueles bem apertados. Ali a pequena, só na idade, já conquistou toda a minha simpatia. - que fofa - Dali pra frente só iria melhorar.
A conversa foi fluindo enquanto ela comia uma jujuba e outra de um pote enorme que pegou "emprestado" do balcão da recepção. - que fofa 2 - No papo em off, descobri que ela mesma corta os cabelos, até da galera da banda, que nunca tinha vindo a Floripa e que gosta de velejar. Falou bastante. Bem mais do que os "sim", "não" e "aham" que eu estava acostumada a vê-la falando na televisão.
Quando a entrevista começou pra valer, a menina, que só tem 16 anos, pareceu uma adulta de no mínimo 26 nas respostas. Inteligentes e coerentes. Um pouco viagem, mas essa é a marca registrada da Mallu. As monossílabas também apareceram, outra marca registrada, mas em escala bem menor do que eu esperava.
Pra finalizar ganhei um desenho, - que fofa 3 - uma entrevista super bacana e outro abraço de urso. Continuo achando a Mallu totalmente autista, mas a autista mais fofa. Sério, fofo é uma palavra muito brega, só que não encontro outra pra descrevê-la.
Eu não sei se ela é um personagem, se é instruída pra falar só meia dúzia de palavras ou é envergonhada mesmo. Só sei que é um doce de menina. Uma fofa, pela milésima vez.
Chegando no hotel onde a Mallu estava hospedada, encontro a menina no hall e sou recepcionada com um abraço de urso. Daqueles bem apertados. Ali a pequena, só na idade, já conquistou toda a minha simpatia. - que fofa - Dali pra frente só iria melhorar.
A conversa foi fluindo enquanto ela comia uma jujuba e outra de um pote enorme que pegou "emprestado" do balcão da recepção. - que fofa 2 - No papo em off, descobri que ela mesma corta os cabelos, até da galera da banda, que nunca tinha vindo a Floripa e que gosta de velejar. Falou bastante. Bem mais do que os "sim", "não" e "aham" que eu estava acostumada a vê-la falando na televisão.
Quando a entrevista começou pra valer, a menina, que só tem 16 anos, pareceu uma adulta de no mínimo 26 nas respostas. Inteligentes e coerentes. Um pouco viagem, mas essa é a marca registrada da Mallu. As monossílabas também apareceram, outra marca registrada, mas em escala bem menor do que eu esperava.
Pra finalizar ganhei um desenho, - que fofa 3 - uma entrevista super bacana e outro abraço de urso. Continuo achando a Mallu totalmente autista, mas a autista mais fofa. Sério, fofo é uma palavra muito brega, só que não encontro outra pra descrevê-la.
Eu não sei se ela é um personagem, se é instruída pra falar só meia dúzia de palavras ou é envergonhada mesmo. Só sei que é um doce de menina. Uma fofa, pela milésima vez.
9.10.08
Maybe Someday
Depois de ultrapassar a placa cinza, o sol e o mar de nuvens brancas é tudo que tu consegues ver até o horizonte. Tens exatos cinquenta e cinco minutos pra colocar as idéias em ordem e entender o antes e o depois.
Um milhão de porquês te invadem a cabeça. Um milhão de planos. Um milhão de incertas certezas. São os cinquenta e cinco minutos mais bem empregados dos últimos meses. As coisas parecem funcionar.
Até que tu atravessas as nuvens brancas e o sol fica um pouco mais fraco. É quente, mas algumas placas cinzas ainda estão lá. Dúvidas se foram e outras vieram.
Eu me sinto em casa.
Um milhão de porquês te invadem a cabeça. Um milhão de planos. Um milhão de incertas certezas. São os cinquenta e cinco minutos mais bem empregados dos últimos meses. As coisas parecem funcionar.
Até que tu atravessas as nuvens brancas e o sol fica um pouco mais fraco. É quente, mas algumas placas cinzas ainda estão lá. Dúvidas se foram e outras vieram.
Eu me sinto em casa.
3.10.08
VergonhaAlheia
Que fiasco, meu Deus! O que foi a Bloc Party ontem no VMB? Me senti uma idiota por ter esperando tão ansiosamente o show. Playback. Quem vai pro VMB fazer playback?
Vaias merecidas. Adorei ver o cara correndo como um babaca pelo palco e a galera olhando como quem diz: "tira esse sem noção dai". Adorei o Mion e a sua sutileza com o "quem sabe faz ao vivo". Mas nada, eu disse NADA, vai ser melhor do que o tombo do Kele Okereke. Fechou com chave de ouro a presepada toda. Eu, achando que a banda do Junior levaria o prêmio de vergonha alheia, me enganei redondamente.
Aliás, sobre a Nove Mil Anjos, eu nem quero comentar. Já rolou uma polêmica gigante lá na TV por causa disso. Uns acham que é bom, que eu vou pagar a língua. Sinceramente? Pode até fazer "sucesso", o Champignon e o Peu são ótimos músicos, o Júnior não é lá essas coisas, mas a gente entende. Agora a música e aquele Perí, pelo amor de Deus. Eu achei uma merda. Tudo. Principalmente a Sandy dizendo que o irmão é o melhor baterista do Brasil.
Pra neguinho não dizer que eu só falei mal, adorei o Ben Harper e a Vanessa da Matta -e olha que eu acho a música deles muito chata-, adorei a Fresno e o Chitãozinho e Xororó, adorei o Mion apresentando, o Adnet - eles são "os caras", pago pau! - e achei o show da Pitty com o Cascadura foda.
O Bonde do Rolê, bom, esses também estavam concorrendo ao prêmio de vergonha alheia, mas os caras são tão fracos que, sério, nem vou falar nada sobre a apresentação tosca. A gordinha mereceu o mosh do Di, que, aliás, se passou bonito na hora de receber o último prêmio. Só faltou ele falar "Charlie", fazer um beatbox e pedir pra galera gritar "Brown". Na minha humilde opinião, o Nx Zero só deveria ter levado o de melhor videoclipe.
Tá, parei por aqui.
Vaias merecidas. Adorei ver o cara correndo como um babaca pelo palco e a galera olhando como quem diz: "tira esse sem noção dai". Adorei o Mion e a sua sutileza com o "quem sabe faz ao vivo". Mas nada, eu disse NADA, vai ser melhor do que o tombo do Kele Okereke. Fechou com chave de ouro a presepada toda. Eu, achando que a banda do Junior levaria o prêmio de vergonha alheia, me enganei redondamente.
Aliás, sobre a Nove Mil Anjos, eu nem quero comentar. Já rolou uma polêmica gigante lá na TV por causa disso. Uns acham que é bom, que eu vou pagar a língua. Sinceramente? Pode até fazer "sucesso", o Champignon e o Peu são ótimos músicos, o Júnior não é lá essas coisas, mas a gente entende. Agora a música e aquele Perí, pelo amor de Deus. Eu achei uma merda. Tudo. Principalmente a Sandy dizendo que o irmão é o melhor baterista do Brasil.
Pra neguinho não dizer que eu só falei mal, adorei o Ben Harper e a Vanessa da Matta -e olha que eu acho a música deles muito chata-, adorei a Fresno e o Chitãozinho e Xororó, adorei o Mion apresentando, o Adnet - eles são "os caras", pago pau! - e achei o show da Pitty com o Cascadura foda.
O Bonde do Rolê, bom, esses também estavam concorrendo ao prêmio de vergonha alheia, mas os caras são tão fracos que, sério, nem vou falar nada sobre a apresentação tosca. A gordinha mereceu o mosh do Di, que, aliás, se passou bonito na hora de receber o último prêmio. Só faltou ele falar "Charlie", fazer um beatbox e pedir pra galera gritar "Brown". Na minha humilde opinião, o Nx Zero só deveria ter levado o de melhor videoclipe.
Tá, parei por aqui.
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