19.1.10
sobre mudanças imutáveis
Tudo estava claro, como na música de Jimmy Cliff. Tão claro que ofuscava os olhos castanhos já surrados pelo sol e acostumados com a luz. Era realmente uma claridade diferentes das outras clarezas que ela já havia visto.
Até que o sol desapareceu. Não eram nuvens escuras, pesadas, sinômino de chuva. Eram nuvens brancas, mas que de qualquer forma, não a deixavam ver o sol.
Ela até tentou espantá-las com as mãos. Que tolice! Nuvens não podem ser pegas com as mãos. Elas escorregam entre os dedos e continuam por lá, como uma fumaça branca, mas que nem de longe sinalizam a paz.
Na verdade, essas nuvens são quase um S.O.S desesperado do subconsciente lembrando de que algo ainda está lá.
Pra onde foi a certeza da mudança? Como pode viver com os passos amarrados? Por que a nuvens simplesmente não passam e a canção não soa como um disco arranhado?
é que quando eu acho que mudei,
percebo que continuo no mesmo lugar.
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6 comentários:
Como dizem, quando pensamos que sabemos todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas, e ai se percebe que todos os questionamentos que fazem a vida acontecer, nos deixaram no mesmo lugar.
Meio paradoxal...
Eu hein. Dá até medo essa percepção final. Besos Jo!
pior ainda quando vimos o mundo ao redor crescendo e mudando e nós percebemos q estamos no mesmo lugar ...
"É que quando eu acho que mudei, percebo que continuo no mesmo lugar."
Falou tudo!
Beijos, Jô!
Seu Blog me faz feliz!
E por isso quero te dar um Selo "Happy 101".
Vá buscar lá no meu Blog!!
Um texto involvente, instigante e relfexivo... amei! beijos
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