17.9.09

sobre não ter coração


Quando encontramos pessoas especiais pela nossa vida, vamos dividindo simbolicamente esse que nos bate quase no meio do peito. Um pedaço fica aqui, outro ali e quando vemos, quase não nos sobra nada.

Enquanto estão todos por perto, tudo bem, por mais que o coração não seja mais teu, ele está ali, ao teu alcance. Mas e quando é hora de partir? E quando chega a hora do desapego? Não tem jeito.


Não adianta chorar, sofrer, sentir esmagado, dolorido, o coração vai... E tu ficas aqui, vazia, é quase difícil de respirar. É tudo robótico, friamente calculado, sem vida... é só pulso.


Mas tu continuas, na esperança de um dia poder buscar teu coração, ou simplesmente visitá-lo e ver o quanto ele está bem, mesmo longe. Tu aprendes a conviver com a distância e passa a ser amiga da saudade. E ela passa a te machucar ainda mais.


Eu dividi meu coração uma centena de vezes, em algumas ocasiões eu o quis de volta, em outras eu simplesmente o deixei partir.


Hoje eu tenho corações em, pelo menos, três estados.



e eu sinto, profundamente, que chega a hora de revê-los.

4 comentários:

Kelly Veiga disse...

Ainda bem que não seguiu a carreira de publicitária, senão seria uma bela redatora e minha concorrente! haha

Lindo o texto, Jô

Beijos, Kelly

Mônica Ribas disse...

Oi Jô!!
Amei teu blog.
Linda a tua história com a Melissa. rsrsrs
Quem sabe eu escreva uma das minhas pro teu concurso.
Bjão

Anônimo disse...

Sempre pensei em coração algo meio Napster/eMule/BitTorrent/Kazaa/Ares/enfimtudoentendeu.

Coração é algo que tu compartilha e as pessoas pegam um pedaço, mas o original ainda tá lá, estilo pirataria musical!

Unknown disse...

aff por que será que me identifico tanto com teus textos. como se diz no twitter #medo

besos