São 6:35 da manhã, em exatos dois minutos o sol vai nascer. Eu não preguei os olhos, sequer por um minuto, quis adiar ao máximo a luz que entraria pela janela anunciando a tua partida.
Eu queria congelar o tempo e poder ficar ao teu lado sem me preocupar com os ponteiros do relógio que estranhamente pareciam ter o triplo da velocidade habitual.
Não posso controlar o tempo, nem as coisas, muito menos te controlar. Não posso pedir pra que tu fiques, nem que tenhas data para a volta, por isso, peço que leves na tua mala o meu vazio, a minha saudade. Eu quero me acostumar com a tua ausência, sem expectativa de retorno.
Leva as tuas coisas, as tuas palavras, o teu jeito, as tuas marcas. Se for para o sol bater mais uma vez na minha janela anunciando o teu abraço de despedida, não deixes nada que é teu.
2 comentários:
Sua negra linda, te amo *-*
Muito bom.
Sabe o que me fez lembrar?
Ouvi dizer que quando o Galo canta, é na verdade de tristeza pela noite estar indo embora.
Um grande abraço
sniper
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